DESNUDO-ME DE TI
Desnudo-me de ti
em todos os pontos e sentidos
desnudo-me de todos os prantos e lamentos
que existem e estão por vir.
Desnudo-me de ti, sim!
Aomesmo tempo que lembro
as tardes dos afetos desfeitos
se abriguem nos meus olhos.
Desnudo-me de ti bem antes!
Muito antes que estrelas
se massacrem a caminho
de nebulosa temporada.
Desnudo-me de ti
ao avivar esta brisa de lírios,
jasmins e angélicas adocicadas
Desnudo-me em duros delírios
Em sofrido exaurir!
por perceber
que não somos nada mais
que águas-vivas nas espumas,
ao sabor das ondas do mar.
Vitoria Moura 03/12/2011
Ma Vie