Lisuras da Solidão

Preciso de mais um gole,

Daquele néctar inundado de graça

E sinfônicas calando no colo em pura poética

Zarpando do céu, aportando nos mares do sul!

Minhas noites pedem,

Uma metade de sofreguidão,

Esperando que outra seja prosaica, livre

Para voar dentre as catedrais alquimista

De verbos e traços respondendo ao tinteiro!

O colorido da musica,

Cobre o peito, faz a aura te encontrar

Em meio a canduras, lisuras fantasiando

A taça servida, o beijo misterioso

Guardado na voz vinda de longe, outrem!

Por horas, meu verso não canta,

Remete ao papel a dor em silêncio

Embriagando meu pranto baixinho

De Fé e de letras escorrendo pela malha fina,

Fazendo-me renascer dentro da solitude!

Se meu pecado é amar-te,

Quero morrer pecando e pedindo aos Deuses

Perdão, minh’alma lateja este sentir

Rogando a galáxia que as flores também

Façam parte do caminho, porque as pedras

Teus anjos as removem com amor!

Há sempre uma porta a ser aberta,

Uma janela pintada de verde,

Um gosto de vinho esperando teu lábio!

Auber Fioravante Júnior

04/12/2011

Porto Alegre - RS