OLHOS (Poema Para Basilissa N. 1.655)

(Sócrates Di Lima)

Os olhos ás vezes,

São dois lagos perenes,

No meio da noite em dor,

Onde o luar esconde o brilho,

E o sereno, lagrimeja o amor.

Os olhos ás vezes,

São duas estrelas luzindo,

No meio da noite escura,

Onde seu brilho faz a diferença,

Entre o chegar ou partir da loucura.

Os olhos ás vezes,

São dois pingos azuis,

Numa tarde molhada de calor,

Onde o Sol remaneja,

O seu intelectual fulgor.

Os olhos ás vezes,

É o azul que o céu relata

Que pintam o arco-íris,

E que depois dachuva se exalta,

Traçam a paixão pela iris.

Os olhos ás vezes,

São duas taças do gin tõnica,

Numa noite em luzes de azul fumaça,

Vistos ao longe numa olhada atômica,

Que no salão de baile se disfarça.

Nos olhos ás vezes,

Um olhar maduro,

Que traz a palavra muda que traduz,

O coração maltratado e duro,

Que por esse olhar se seduz.

Os olhos às vezes,

Encontrados numa curva,

Traçada pelo destino,

Marcados pelos desejos,

De um olhar de menino.

Os olhos da mulher amada,

Tem um “Q” de coisa louca externada,

Faz os olhos embriagarem do nada,

Da bebida louca da paixão desenfreada,

Que descompassa o coração como uma pancada.

Os olhos são sementes que brotam,

No coração de outro olhar,

Que faz o peito chorar,

Que faz o corpo tremer,

E que faz a vida sonhar.

Os olhos ás vezes,

Traça longos caminhos,

Faz a vida sorrir e cantar,

Constrói felizes ninhos,

No simples toque desse olhar.

Foi num desses olhares,

Que por Basilissa me perdi de amor,

Quando volvi o rosto aos olhos dela,

Sem me conter, sinto aquele intrigante calor,

E nunca mais deixei de olhar só pra ela.

Em 05 de dezembro de 2011

às 08h45

Registrada.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 05/12/2011
Reeditado em 06/02/2012
Código do texto: T3372730
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