Tua boca parece uma borboleta!
Hoje anoite me sinto em pedaços
Não faço ideia se há amor
Ou se esta tudo acabado.
Tentei me recolher em minha cama vazia
E chorar com a cara no travesseiro
Mas optei por tomar um trago
E levar um lero com Van Gogh.
Eu me identifico com o que ele diz
Ou deve ser apenas presunção minha
Mas tudo bem
Visto que ninguém sabe
Somente eu,
E tu agora.
Pensei em decidir
Em parar de beber e de fumar
Pensei em reconstruir
Os versos que tu jogou no mar.
Mas eu não passava de um garoto ingenuo
Que amou demais uma mulher qualquer
Que deixou meu coração maltratado
E minha mente fragmentada
Isso tudo é a desconstrução da lógica
E não posso aceitar teu pedido de amizade.
Mas ainda posso ver o paraíso
Que você tentou queimar
As cartas jogadas no precipício
A carne viva,
A lágrima no olhar.
E numa distancia de mil milhas
Tua boca parece uma borboleta!