DOR MATEmatica
Minha alma sangra pelos meus olhos
Lagrimas vertem com a mesma intensidade da dor que me dilacera o coração
Por que desses sentimentos, dessas sensações?
Minha vida está mundanamente equilibrada,
Quadradamente padronizada
Tenho casa, comida , roupa lavada.
O que me falta?
Não tenho você, meu amor.
Você que nem sei ao certo quem é.
Apenas sei que me falta.
A raiz de minha angustia elevada à impotência.
Sinto sua presença de mim subtraída. Sinto-me traído.
Multiplico meus sofrimentos ao ver...
Tudo certo...
Talvez você esteja a meu lado, mas não me vê...
Ou não te vejo.
Tudo certo como dois e dois são quatro...
Mas nos meus sonhos mais íntimos palpita o cinco, o três , o infinito.
Torço pela inversão, luto para quebrar os grilhões que insistem em deixar a matemática inescrupulosamente exata.
Mas sou fraco diante de tanta certeza.
Não luto porque o certo é quatro.
Fui moldado para acertar – luto; estou de....
E daí que prefiro o cinco? O certo será sempre quatro
Desesperadamente quatro!