Status quo ( qual o estado de?)


 

Quando minha letra manifesta e pulsa

a paixão que abusa dos meus sentidos

E torna-me tão convulsa,

e intimamente extingue o medo

e todo dolo se transforma em somítica conduta


 

Do que me acusa?

A que me obriga,

a insensatez que minha tez polui

e cria monstruosidades multiplas?

E calcula inexata e amadora

e perde a compostura e subjuga

todo meu sistema métrico e nervoso

fazendo colossal meu abissal transtorno...


 

A que estado pertence a poesia?

A quem se curva essa dama de aço?

Ela é dona de todos os territórios

Pacíficos e de guerras

E à ninguém que a enfrente

entrega elmos, ou escudos

Nem louros de vitória

Pois que ninguém lhe é proprietário

E as palavras são cicatrizes

depois que passa ela.


 

Cristhina Rangel.


 


 


 


 


 

 


 


 

 


 

 

 

 

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 04/12/2011
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