Eu te mato todo dia
e todo dia
em um transfundir
de sonhos
te dou vida
Dou-lhe meu doce
dou-lhe meus sais
meu oxigênio
meus rins...se ris
Então boca à boca
a mim se dás
e eu sorvo cada gota
desse mar de coisas
que não sei definir
Mas sei que te mato
e todo dia renasces em mim
Em minhas células
em minhas fibras
e vibra em meus músculos
na febre aguda desse sangue
contaminado de amor
Que impede o nosso fim.
Cristina, Rangel.