Solidão e esperança
Sei que tenho que continuar a viver,
caminhar meu caminho, tendo ou não espinhos.
Sinto-me jogada para o alto
presa no firmamento e a vida segue.
Mas só...
Nada, ninguém sabe o que me mantém em pé,
o que me impulsiona, me leva para frente,
para o futuro...
Presente cheio de promessas, sem reservas,
escondendo o lado roto, feio, mostrando só o meio.
Mas só...
Só não quero, nem brisa, nem vento forte,
nem o sul, muito menos o norte.
Não quero estender minhas mãos
no vazio de quem nem percebe
meu desejo de falar...
Mas tenho que me calar.
E só...
Na garganta tenho um nó,
no coração fé, esperança...
E como criança espero o tempo passar,
acreditando que tudo irá melhorar...
Mas só...
No meio de muita gente me sinto só,
completamente só.
Autor Karlos Brasil
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