Minha amada
Levanta-te minha amada... Como és bela, minha pombinha.
Vem que o inverno já passou. Já aparecem as flores no campo.
O sabiá já faz ouvir o seu canto em nossa terra.
Soltam perfumes as vinhas em flor. Tua voz é suave e teu rosto é lindo.
Durante a noite procurei a amada de minha alma.
Quando a encontrei segurei-a pela mão e não mais a soltei.
Durmo, mas meu coração vigia... Ouve a voz de minha amada.
Ela desceu ao jardim no canteiro dos aromas para colher os lírios.
Suas mãos são torneadas em ouro, cheias de jacintos.
Seu ventre é guarnecido de safiras.
Seus lábios como os lírios destilando mirra.