Minha amada

Levanta-te minha amada... Como és bela, minha pombinha.

Vem que o inverno já passou. Já aparecem as flores no campo.

O sabiá já faz ouvir o seu canto em nossa terra.

Soltam perfumes as vinhas em flor. Tua voz é suave e teu rosto é lindo.

Durante a noite procurei a amada de minha alma.

Quando a encontrei segurei-a pela mão e não mais a soltei.

Durmo, mas meu coração vigia... Ouve a voz de minha amada.

Ela desceu ao jardim no canteiro dos aromas para colher os lírios.

Suas mãos são torneadas em ouro, cheias de jacintos.

Seu ventre é guarnecido de safiras.

Seus lábios como os lírios destilando mirra.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 04/12/2011
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