Escolhi amar 
 



O sol nasceu e se foi várias vezes
nesse vai e vem quantas coisas desejei
quantas me acordaram, outras não
Desejei um príncipe encantado, eles
vieram e se foram rápidos como as
torrentuosas chuvas de verão
Me deixaram o sabor da primeira paixão


As estrelas no céu se mostraram e
sumiram a cada noite que vinha 
Desejei um moço bonito, musculoso
que me desse segurança e companhia
cada olhar era uma conquista
mas como estrelas cadentes, logo caiam
Ficaram comigo seus brilhos casuístas 


Os ninhos das aves tem seu tempo
quando cumprem seu papel são desfeitos
Desejei um homem carinhoso, realizado 
degluti alguns destes hábeis candidatos
eram perfeitos, mas a cabeça, que cabeça!
Um arcabouço feito de palha seca, vazia
Me restou o discernimento do que queria


As ávores crescem ao serem adubadas
morrem fácil se forem depredadas
Tanto procurei meu homem que encontrei
não é um príncipe, não é forte nem musculoso
não é executivo, nem tão pouco ambicioso, 
não é perfeito por fora, mas um belo interior


Assim é o homem que atrás elegí 
para junto comigo envelhecer

Quantas tempestades já enfrentamos
outras ameaças hão de vir
mas nosso amor, ah, esse grande amor  
foi o que ao final, com critério, escolhi 




  
Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 04/12/2011
Reeditado em 04/12/2011
Código do texto: T3371186
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