AUTO-RETRATO DE UM CORAÇÃO
Indiferente
E entregue à paixão,
Caminha, repleto de sonhos,
Inebriado, um coração.
Nesse incondicional caminho,
Forçosamente,
Depara-se, incontinenti
O coração,
Levado a satisfazer-se por outras necessidades
Que não aquelas
Intrínsecas em seu próprio ninho.
Pela mãos do tempo,
Varridos os outonos,
Os invernos,
As primaveras,
Os verões...
Vão-se as estações.
Mas, contempla-se, irredutível,
Um olhar no tempo a pairar
Nesse incondicional caminho...
É uma estação que persiste no âmago desse coração...
O desejo de amar!