Vôo rasante

Vou de vôo rasante sem ponto de parada,

como se não tivesse mais ar,

como se não tivesse mais saída.

Vou de vôo rasante ao topo,

como se quisesse enxaguar meu próprio sangue,

como se quisesse trincar toda minha fé,

como se pudesse caolhar meu destino.

Vou de vôo rasante às frieiras do desejo,

como se pudesse descarregar todo meu medo,

como se esticasse minha pele sem trégua,

como se cravasse nas têmporas do sonho os meus arpões de

predador.

Vou de vôo rasante até onde Deus não ver

como se meus pecados fosse meros caprichos do Demo

como se cada novo passo fosse vértebras da minha paixão.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 02/12/2011
Reeditado em 02/12/2011
Código do texto: T3368153
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