Seperação

Separação

Contemplo-te como o silêncio da noite.

Não sei se sou silêncio, ou se a mim tudo esquece.

Carrego as dores do mundo como quem arrasta o peso da vida.

Esta nada me diz; e as folhas, secas e mortas, caem, uma a uma.

Tudo é vento e inverno, e se tu me olhas como eu a enxergo

De quem é o privilégio do som? O primeiro a sorrir, ri.

Tudo é vento e tristeza, despertar de um sonho, desespero.

Minha alma é como uma ave, aves cheias de céu.

Carrego-te comigo, e todo passo é uma dor.

Que angústia me castiga?

Que amor é esse que não se explica?

A finitude tange o limiar do meu abismo.

Sou o silêncio da noite que fica.

Fc
Enviado por Fc em 02/12/2011
Código do texto: T3367740
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.