Seperação
Separação
Contemplo-te como o silêncio da noite.
Não sei se sou silêncio, ou se a mim tudo esquece.
Carrego as dores do mundo como quem arrasta o peso da vida.
Esta nada me diz; e as folhas, secas e mortas, caem, uma a uma.
Tudo é vento e inverno, e se tu me olhas como eu a enxergo
De quem é o privilégio do som? O primeiro a sorrir, ri.
Tudo é vento e tristeza, despertar de um sonho, desespero.
Minha alma é como uma ave, aves cheias de céu.
Carrego-te comigo, e todo passo é uma dor.
Que angústia me castiga?
Que amor é esse que não se explica?
A finitude tange o limiar do meu abismo.
Sou o silêncio da noite que fica.