AS VEZES

AS VEZES,

Uma brisa leve me traz seu cheiro...

Entra descontraída pela janela

das minhas lembranças

E como quem nada quer,

se instala em minh'alma,

feito encanto que não se quebra,

nostalgia que ninguém leva...

As vezes,

ébrio pensamento em forma de eco

Ouve sua voz me chamando

Galante como antes,

Minha menina... Meu amor!

As vezes,

Engano a verdade,

Finjo que as luas não passaram

que os sonhos não acabaram

e lanço um sorriso impassível

mostrando que tudo é possível

As vezes,

tranço meus fios de cabelo,

e pergunto baixinho:

Onde estão suas mãos?

Que meus cabelos não desarruma?

Por que me deixou partir,

sem meu corpo tocar,

sem os olhos teusn nos meus colocar...

As vezes, poucas vezes...

Intenciono gritar,

deixar a fera falar!

Palavras nunca ditas

verdades escondidas...

Mas sempre volto humilde,

isenta de coragem

envergonhada de tanta bobagem

E... me calo!

Porque as vezes, calar,

é a melhor forma de amar!

Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 05/01/2007
Código do texto: T336758