Quando há Melancolia…
Uns dizem por vezes que algo vai morrer
Eu reflicto e sorrio
E digo em silêncio
Escrevendo bem alto
Que algo de muito belo está prestes a nascer…
Foi Ver-te um dia por acaso no meio da multidão
Ver o teu olhar e não mais o esquecer
E por acaso no dia seguinte
Encontrar-te sozinha
Ignorando a mesma multidão
Sendo então a tua vez
De me notares
De me Veres…
Notar o que sentes
O que respiras
O que te alegra
O que te angustia
Mesmo antes de tu o saberes
Mesmo antes de o perceberes
E por isso eu digo
Que não vejo o fim do mundo quando algo morre
Porque sei que algo vai nascer
Porque no dia de um grande cataclismo
No dia seguinte
Lá calhou eu te ver
No dia seguinte
Ambos resgatámos a fé morta em nós
No dia seguinte ao ocaso de alguém
A nós calhou
Termos resgatado o amor e a fé de viver…
Quando há Melancolia…