ECOANDO ENTRE OS ESCOMBROS

Entre poeira e fragmentos

No meio da lamuria e desventura,

De lamentos e conflitos

Tento em vão ouvir meus gritos

Nos destroços do amor loucura.

No celeiro do meu pensamento

Pairam amor, sonho e ilusão,

Paira minha dor e meu lamento

Neste secular advento

Injuria, mágoa, em meu coração.

Na poeira, nas cinzas, nos

Escombros de um amor traído,

Grita um silencio arredio

Entre tremores e calafrio

Ecoa um grito desvalido.

Do fundo do cativeiro

No êxtase da emoção,

Meu silencio se faz ouvir

Na utopia do meu sentir

Grita calado meu coração.

O amor, a metamorfose

Desincasulou para o infinito,

O amor que morto estava

Renasceu da cinza, do nada

Se tornando o amor mais bonito.

J. Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 01/12/2011
Reeditado em 02/12/2011
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