CÁTEDRA NO AMOR!

Amar, respirar,
a gente já nasce sabendo
e depois, pelos temores e dissabores,
desaprendemos, pois...

A carência de se saber
e se sentir amado ou amada,
faz-nos, então, inseguros
e com a mente alucinada...

No amor e de amores,
mais que um professor,
sou mestre, doutor...
se duvidar, mais que pastor...

Porém hoje, inda de longe,
eu só ensino teoria,
através de minha poesia,
numa vocação de monge.

E é a prática que nos detona,
pois, o amor vira intentona,
mas leva-nos a revoluções
na evolução das próprias soluções.

Se pecamos ou se pecam em nós,
a todos, o próprio amor
no nosso amor próprio
tem um efeito retrós...

Demo-nos , por assim dizer,
uma outra chance ao amor pra crescer
e chegaremos num frondoso rio,
desde a nascente até a foz...

E se eu me digo, assim, um teórico,
é para não me pensar tão eufórico,
nem um sonhador contumaz... posto quê,
meu medo no oceano é a ausência do cais.

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 29/11/2011
Reeditado em 29/11/2011
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