SEI QUE NÃO GOSTA DE ESCREVER
SEI QUE NÃO GOSTA DE ESCREVER
Marcos Olavo
Quero falar com você,
Sei que não gosta de escrever,
Nem mesmo perder tempo,
Nestes rios de ondas novas.
Algumas palavras são jorradas,
Em nossos baús de felicidade,
De todos os amigos íntimos,
Que nem sabem mais.
Em respostas não posso rasgar,
Todas elas bem escritas,
Em teus andares de demora,
Que flutuam em um mundo desconhecido.
Tenho um sonho nesses dias raros,
Que estão sem teus rios de ouros,
Na procura do lembrar doido,
Do matar de bondade minha.
Deslumbro a liberdade deste escrito,
Em natureza tão vista por todos,
Na bela manhã de perdidos,
Em tocar de belos afetos.
O silêncio me fez saber,
Da nossa ausência roubada,
Em todos os lápis afiados,
Na folha cortada em tempo.
Meus dias são remédios,
Da própria tristeza conhecida,
Em poema amanhecido,
Pelas mãos do maior padecedor.
Não toques nunca nesse capítulo,
No escuro ressentimento,
Que fala muito bem da dor,
Achada na lua tão nua.
Palavras sem tempo,
Morre em tuas vazias,
Sem notar minhas escritas,
Neste peito tão vazio.
Amanhã, almoçarei com meu tédio,
Tomando toda caricias em um copo,
Embreando com tua lembrança,
Em conselhos nada escritos.
Sou um escritor apaixonado,
Já, não tão quebrado,
Nestes versos dançantes,
Que pulam no coração.
Seu pudesse te ver?
Eu diria sob a lua,
Todo esse amor preso,
Que anda tão doente,
Na ausência chora,
Pela a bela mulher.
Vejo o escritor que sou,
Em porventura, já não lhe contei,
O meu pesar causado em par,
Na realidade da vida cruel.
Peço-te que nunca fales,
Da visão pobre o que achas,
Em cada rodovia perdida,
Do merecer dia em te ver.
ESCRITO POR: MARCOS OLAVO