A brusca poesia da carne

Vamos, quero tratar e cuidar desses cortes

que ainda sangram do sangue amargo e sem cor.

O que isso pode custar é todo amor que tivermos

de dentro para fora, diante desses versos

embrulhando pedaço com pedaço a um só corpo,

arranhando veias, dilacerando os cegos

olhos cegos a pestanejar pelo perigo

da falta que faz e fizestes

tendo de mim ainda a carne,

tenho certezas, que tu a rasgou.

Lucas Alves de Araújo
Enviado por Lucas Alves de Araújo em 29/11/2011
Código do texto: T3362941
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.