A brusca poesia da carne
Vamos, quero tratar e cuidar desses cortes
que ainda sangram do sangue amargo e sem cor.
O que isso pode custar é todo amor que tivermos
de dentro para fora, diante desses versos
embrulhando pedaço com pedaço a um só corpo,
arranhando veias, dilacerando os cegos
olhos cegos a pestanejar pelo perigo
da falta que faz e fizestes
tendo de mim ainda a carne,
tenho certezas, que tu a rasgou.