Despir

Despida pela

brisa do Mar,

caminha tua nudez

em lúcida insensatez.

O cheiro da noite molhada

ladeia a passarela

em que desfilas

a pós-tarde amarela;

e, depois, só vestida

de chuva ligeira

recolhe-se ao abrigo

do novo amor antigo.

Então, reclinas a alma

e abandonas-te

ao carinho que te aguarda,

na cama enluarada.

Para Cristina, minha Estrela.