QUANDO OLHO PARA MIM MESMO

Devolve as minhas pernas,

Os meus braços cansados

E a minha boca tua...

Devolve a minha alma nua,

Meu par de meias brancas

E o tom da minha pele...

As minhas noites de sono... Devolve,

Devolve aquele livro velho

Que você nunca conseguiu ler...

Pode ficar com as chaves lá de casa

Mas devolve a minha outra asa

E a minha vontade de voar...

Devolve as histórias que contei

E as piadas de fim de tarde,

Devolve as lembranças das viagens de alegria

E o mundo que te dei um dia...

Ah! Devolve meus olhos

Que ainda teimam,

Em enxergar você em todos os rostos,

Até no espelho,

Quando olho para mim mesmo...