SEM TI.






Diante do branco papel,
Não sei o que faço,
Se dedilho o fel,
Ou debulho o maço,
Passo da conta,
Ou me chego, a passo no paço,
Nos traços de tua silhueta,
Sem venetas indiscretas,
Com certezas corretas,
Abertas, claras e decentes,
Concorrentes com o amor,
Indiferente à dor,
Sentindo o olor,
Da mais cheirosa flor,
Do mais gostoso mel,
Da mais molhada terra,
Que eternamente se encerra,
Na imensidão do horizonte,
Na mais aprazível fonte,
No inesgotável monte,
Nem que minha vida se desmonte,
E me cubra de açoite,
Na mais cruel noite,
Dos mais belos dias,
De luares em covardia,
De belezas sem par,
Sem o pôr-se solar,
Sem opor-se a nada,
Apenas à madrugada,
Amargurada, sem ti.






Por: Jaymeofilho.
28/11/2011.
Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 28/11/2011
Reeditado em 28/11/2011
Código do texto: T3360582
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