Orgulhosa.

 Quando passas por mim orgulhosa,
com estes olhos negros de veneno.
Debocho, ofendo, faço troça,
disfarçando pois estou te querendo.
Lançando chispas, dengosa me ignoras,
sem notar que em segredo estou sofrendo.
Olhaste-me, eu vi, e tu disfarças,
como nada estivesse acontecendo.
Artistas somos em um palco,
triste com você eu contraceno.
Mudemos o script, suplico,
é perigoso e movediço este terreno.
Eu quero um idílio amoroso,
percebo que também estas querendo.
Mas insiste em me tratar com desdém,
deixando meu intento tão pequeno.
Fizemos um castelo de areia,
nenhuma consistência acontecendo.
Assim nosso amor irá por terra,
desastre meu amor estou prevendo.
Se mudares de idéia caprichosa,
e reverter este quadro tão ferrenho.
Tu deixares de ser tão orgulhosa,
então nosso romance será pleno.
O vento vai soprar o seu cabelo,
e com o sol seu corpo aquecendo.
Com beijos, abraços, mil carícias,
e o vinho do amor saboreando.
No teatro da vida, Gran Finale.
Enquanto vão as cortinas se fechando.

Para sua apreciação
 OripêMachado.
Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 27/11/2011
Reeditado em 29/11/2011
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