Conversa com Deus
Senhor,
Por vezes não sei se escrevo por mim
Ou por esta sublime libélula
Entonando seu canto de primavera
A beira do meu balcão, florido
Como a bela enfeitando meu jardim!
Pai de todos os seres,
Minha voz é pequena perto da tua sapiência...
Minha dor é navegante das lágrimas
Conduzindo meu versar dedicado ao amor,
Calado nas asas de um branco corcel
Levando minhas palavras de encontro ao meu gostar!
- Meu jovem poeta, não pare,
Tenha certeza, teus devaneios chegam
Em alto e bom tom!
Então, peço-te em oração!
Faça da minha poesia meu alento de paixão,
Sou simples feito a fruta no pé
Esboçando meu sentir intuído n’aura
Pedindo aos céus mais um gole de vinho,
A seda multicor já me envolve em nostalgia!
- Escreva, meu filho poeta,
Tuas preces já calam em que tu amas,
O amor teu é o amanhecer de todos os dias!
- Meu filho,
Entregue aos ventos teu versejar
Tenha certeza que ela os receberá,
Assim como recebeu teu abraço de fé!
Pai, do homem, da natureza!
Do meu jeito menino,
Digo a rosa entre as rosas
“Eu te amo” do fundo da minh’alma,
Como as águas que banham o sentimento
Nascido entre poesias e vivido em quimeras de alquimia!
Auber Fioravante Júnior
27/11/2011
Porto Alegre - RS