Amor, meu abençoado amor
Sei que são apenas palavras
Escorrendo sobre esta alva folha,
Mas as tuas virtudes, já tanto me disseram
Que o perfume do jasmim está perpétuo
Entre as rimas e os anversos do etéreo!
Queria eu... Compreender!
O que diz o replicar das sinetas
Anunciadas pela brisa, adentrando pela janela,
Dando um novo colorido ao dançar das cortinas,
Porque só assim entenderei a força do sentir!
Pudera eu... Explicar o destino!
Sou criatura, assim como tu
Gerada no apogeu do nobre sentimento,
Duelando com tempo, pincelando desejos
A altura do teu coração idílico como luar de Atenas!
Quem me dera... Traduzir o silêncio!
Ele é o regente dos meus vinhedos
É a nudez prosaica do teu olhar
Imprimindo nas pautas a sinceridade
Do pranto divagando em lúdicas canções!
Perante ao Criador... Sou mero instrumento!
Dando pão a quem tem fome...
Água a quem tem sede...
Quisera eu... Entender os versos do Âmago!
Pelos ensejos bordaria tua face no estrelar,
Pedindo da luz a voz da tu’alma embevecida
Na pureza do beijo guardado,
O carinho de um pedido de perdão
Pois o meu amor tem a força de todo viver!
Auber Fioravante Júnior
26/11/2011
Porto Alegre - RS