QUANTAS VEZES
Quantas vezes eu já não toquei o vazio,
Na esperança de te sentir e poder te tocar,
Quantas vezes eu já não ergui minha mão,
E acariciei o teu rosto com total carinho,
Quantas vezes contornei os teus olhos.
Quantas vezes eu fechei os meus olhos,
Para poder visualizar tua boca sorrindo,
Enquanto eu sentia o teu sagaz olhar,
Mas enquanto só o silencio eu ouvia.
Você tomou forma real passou a existir,
Ocupou um enorme espaço dentro de mim
E sua ausência passou a ser forte realidade,
Tomou forma viva que interage comigo.
Passei a sentir tua presença viva e intensa,
Como se pudéssemos falar e trocar claramente,
Grande mistério da sintonia e comunicação,
Que preenche inteiramente minhas noites vazias.
Com cumplicidade criamos uma realidade só nossa,
Sem perceber o passar do tempo viajamos no espaço,
É como poder trocar todos nossos pensamentos,
Hoje tão claros e com total sentido para mim,
Sinto apenas ter que ao findar a noite te deixar ir,
E esperar um longo dia para de novo te reencontrar,
E de novo ter que te deixar ir.