QUANTAS VEZES

Quantas vezes eu já não toquei o vazio,

Na esperança de te sentir e poder te tocar,

Quantas vezes eu já não ergui minha mão,

E acariciei o teu rosto com total carinho,

Quantas vezes contornei os teus olhos.

Quantas vezes eu fechei os meus olhos,

Para poder visualizar tua boca sorrindo,

Enquanto eu sentia o teu sagaz olhar,

Mas enquanto só o silencio eu ouvia.

Você tomou forma real passou a existir,

Ocupou um enorme espaço dentro de mim

E sua ausência passou a ser forte realidade,

Tomou forma viva que interage comigo.

Passei a sentir tua presença viva e intensa,

Como se pudéssemos falar e trocar claramente,

Grande mistério da sintonia e comunicação,

Que preenche inteiramente minhas noites vazias.

Com cumplicidade criamos uma realidade só nossa,

Sem perceber o passar do tempo viajamos no espaço,

É como poder trocar todos nossos pensamentos,

Hoje tão claros e com total sentido para mim,

Sinto apenas ter que ao findar a noite te deixar ir,

E esperar um longo dia para de novo te reencontrar,

E de novo ter que te deixar ir.

Celi Romão
Enviado por Celi Romão em 26/11/2011
Reeditado em 10/06/2013
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