Carta
Disseram-me que pra amar você, é preciso ser livre.
Não deve possuir sexo, mas a alma deve estar brilhante, muito viva, de efeito fascinante!
Que seu beijo é algo assim, delicado, tão meigo, e perigosamente forte e marcante. Seu beijo pode matar... E o tocar das suas mãos busca vida, no sangue, a pulsação.
Seus olhos nunca veem à face, eles procuram nos olhos a verdade, verdade do momento, se a encontra tudo segue se não, exterminado é o momento. Disseram também, que você tem gosto de água, com sede... De água que lava e limpa. Provocam calafrios, arrepios, aqueles, que começam na nuca, e se espalham pelo corpo inteiro. Geralmente de um lado só, o direito. ... Ele torna a vir aconchegando, abrasando.
Pode ser um momento inesquecível de amor, prefere um corpo com cheiro de lavado, que suado, misturado a rosa e flor, até pode, só não deve ser.
Mas me disseram que pra que isso aconteça, é preciso seu coração desejar, fazer amor, sem sexo.
E suas palavras adornarão a noite, mesmo em tempestade.
Seu silencio, gritara pra dizer aos seus sonhos que encontrou a realidade.
Disseram...