AMOR DESCONTROLADO

Sou estagiário do teu mundo

Sou como as mandíbulas das ondas

Que se desfazem

Trazendo volumes de águas

Que na superfície jazem

Sou apenas uma derme

Que dorme na tua pele

O destino joga impele e repele

Pontos de interrogação

São marcados pelos nossos pés

Onde quer que pisemos

Rastros são deixados sem respostas

São correntes enganchadas que não se fecham

Espessas florestas de frestas

Pingo de raio solar embriaga a mente

Minhas vestes são teu fulgor

Vivo nas sombras do teu amor

Um abraço renitente

Um passo a frente

Um espelho distante me volta

Um peso na consciência

Pesa a mais na balança

Retendo liquido de desconfiança

Um miolo de pão

Retirado pelos dedos da mão

Pra que não haja engorda

É um meneio qualquer de faca cega

Não serve pra nada

É barco que não navega...

Só quando enfiada

Na carne refratária

A metida implora

A lágrima jorrada descendo a escadaria

Só assim sua frieza é sentida

Na hora da entrega

Explode em si

Sua fúria quente e sanguinária...

(*Todos os textos de minha autoria são inspirados no amor universal e não reflete necessariamente uma experiência de cunho pessoal)

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 25/11/2011
Código do texto: T3355093
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