AMOR DESCONTROLADO
Sou estagiário do teu mundo
Sou como as mandíbulas das ondas
Que se desfazem
Trazendo volumes de águas
Que na superfície jazem
Sou apenas uma derme
Que dorme na tua pele
O destino joga impele e repele
Pontos de interrogação
São marcados pelos nossos pés
Onde quer que pisemos
Rastros são deixados sem respostas
São correntes enganchadas que não se fecham
Espessas florestas de frestas
Pingo de raio solar embriaga a mente
Minhas vestes são teu fulgor
Vivo nas sombras do teu amor
Um abraço renitente
Um passo a frente
Um espelho distante me volta
Um peso na consciência
Pesa a mais na balança
Retendo liquido de desconfiança
Um miolo de pão
Retirado pelos dedos da mão
Pra que não haja engorda
É um meneio qualquer de faca cega
Não serve pra nada
É barco que não navega...
Só quando enfiada
Na carne refratária
A metida implora
A lágrima jorrada descendo a escadaria
Só assim sua frieza é sentida
Na hora da entrega
Explode em si
Sua fúria quente e sanguinária...
(*Todos os textos de minha autoria são inspirados no amor universal e não reflete necessariamente uma experiência de cunho pessoal)