Fada do meu Botequim
No céu,
As nuvens inventam balés,
Musica para olhar, visões,
Que despertam estros, clarividências,
Apontando a ave o jardim maculado!
Em total plenitude
Os ventos criam canções,
Devaneando com sinos e vozes
Encantadas pela noite bordada em cristais
Figurando em anéis... Sentimento...
Imagem e semelhança!
Sob a lamparina
As águas se encontram,
Vestindo a vida em amparos prismáticos,
Vindos d’alma, do voejo do véu
Dando abrigo ao corpo desnudo, aflito...
Sinergia em versos bebidos em nostalgia!
Entre as centelhas,
Um brinde com gosto de uva
Cobrindo de rútilos toda forma de estar
Em ébrios pelas jubilas preces
Ditadas em preitos, ávido desejo,
Eleita fada do meu botequim!
Auber Fioravante Júnior
24/11/2011
Porto Alegre - RS