NEGRA BREJEIRA

NEGRA BREJEIRA

A negra magra e brejeira,

Passa, maneia as ancas,

Sacode suas saias faceira,

Enfeitadas de rendas brancas.

A peneira cheia de doces,

Exala um cheiro delicioso,

Quem não quer comprar um destes?

Você não é guloso?

Se abaixa movimenta e levanta,

Desprende um perfume de erva-doce,

Não adianta vou em frente e abaixo a tampa,

Quem me dera se essa negra minha fosse.

Que minha, que tua, que nada,

A negra malvada sabe que encanta,

Enquanto roda sua saia embabadada,

Vende, faz trocos e ainda canta.

Fico com as canções que saem do microfone,

Olhei tanto, tonto na beleza,

Ela foi embora como ciclone,

Me resta correr atrás com destreza.

Zastra
Enviado por Zastra em 23/11/2011
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