NEGRA BREJEIRA
NEGRA BREJEIRA
A negra magra e brejeira,
Passa, maneia as ancas,
Sacode suas saias faceira,
Enfeitadas de rendas brancas.
A peneira cheia de doces,
Exala um cheiro delicioso,
Quem não quer comprar um destes?
Você não é guloso?
Se abaixa movimenta e levanta,
Desprende um perfume de erva-doce,
Não adianta vou em frente e abaixo a tampa,
Quem me dera se essa negra minha fosse.
Que minha, que tua, que nada,
A negra malvada sabe que encanta,
Enquanto roda sua saia embabadada,
Vende, faz trocos e ainda canta.
Fico com as canções que saem do microfone,
Olhei tanto, tonto na beleza,
Ela foi embora como ciclone,
Me resta correr atrás com destreza.