Elo amor
Enquanto a estrela regava de luz o cálice,
Meu olhar sorridente seguia-te
Pelo silêncio das palavras,
Propagando em amiúdes avessos
Toda forma de amar!
Ao te desnudar como a lua,
Ouvi do âmago a canção
Gerando botões inundados do néctar,
Mensurando cada elemento, meu lamento,
Etéreo poema proclamando o sentir!
Induzido pelo pulsar dos veios
Embevecidos em ternura,
Deixe-me divagar pelos cristais
Fluindo do ventre acalantado em estros,
Virtudes fantasiando o sonhar!
Ah! Abençoado seja sempre
Este elo do além navegando em venturas,
Criando em devaneios liras e unções
Alquimiada pelos tempos, ventos de outrora
Alumiando o pranto, a fragrância vinda do interior!
Auber Fioravante Júnior
21/11/2011
Porto Alegre - RS