Quiçá do Sentimento

Quiçá do Sentimento

Além dos meus versos,

Preciso do véu vestido de brisa

Velando sutilmente o peito, o ventre

A lágrima caliente desenhando canduras

Toda uma página de quintas e relíquias!

De asas abertas

Quimeras trouxeram a primavera,

O doce sabor do vinho na taça transparente,

No veio meigo insinuando divagações

Ditadas pela meia luz, quiçá do sentimento!

Pelo pulsar nostálgico

O retrato foi revelado, mantido em mistérios

Engajados a madrugada que caminhava

Em passos líricos floridos pelo céu

Pintando em purpurina... Vida minha!

A música tocava,

Adentrando pelo silêncio que fluía

Etéreo, simples como gorjear do sabiá

Chamando a alvorada levantando suave,

Até os olhos se fecharem

E a lua beijar as águas!

Auber Fioravante Júnior

14/11/2011

Porto Alegre - RS