Um ano de Novembros se passou.
Um ano inteiro para refletir...
Várias razões para não querer!
Mas meu coração continua ...
Insone e só, pela casa,
No silencio da madrugada,
eu e o Sol que surge devagar,
- única testemunha do meu sentir,
entra pelas frestas pra me tocar...
Me flagra abraçada à passarada
amarelo dourado, Canários da Terra
agitam suas asas em meu ser...
Peito barriga e coração....
E eu nada posso além de esperar...
Todos em meus braços e mãos!
Se agitam sem parar!
Caminho incerta até a janela
Devagar o bando eu liberto!
Em revoada todos eu soltei...
O céu quase azul da madrugada
Salpicado de ouro eu contemplo...
De braços abertos,
nem lágrima, nem sono...
Observo em minha mão esquerda
Um pequeno Canário que não se foi,
Porque?
Morreu...!...
Parada a olhá-lo inerte fiquei...
Uma rajada de vento
Me congela o coração...
Por não saber o que fazer...
Deixei-o ali no peitoril da janela.
Sem entender porque o perdera...
Outros Novembros viram!
Zeni Bannitz
Enviado por Zeni Bannitz em 21/11/2011
Reeditado em 27/08/2012
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