Ao Anoitecer

O poente escreveu,

Os céus declamaram, e a estrela?

Ah! A estrela...

Raiou em brilhantes violetas

Ofertando ao olhar a nudez em serestas!

Inundando pela inspiração,

Um raro espelho se formou ao sentir d’alma

Onde tudo migrava do peito, do pingente transparente

Inventando um balé entre planícies,

Belas como luar da primavera!

Descrevendo quimeras,

Sutis luminárias transcendiam

Dentre um gemido e uma palavra

Ecoando, sublimando, semeando em ais

A mais exuberante linguagem angelical!

Concebeu o destino,

O coração amparou traçando

Em delicados retratos toda magia

De construir em cada silêncio

Etéreos lamentos de paixão!

Auber Fioravante Júnior

13/11/2011

Porto Alegre - RS