Provida de Luz
Tomado pela embriaguez
Induzida pelo entardecer,
Alçou-me aos ventos, a fragrância tenra,
Mesclada aos tecidos feito tatuagens
Refletindo verbos sonhadores!
Seduzido ao calar do silêncio
Minha entrega se deu a poesia
Ali, desnuda, eleita, provida de luz,
E sem ocultar acordes escrevendo a melodia
Para a letra vinda pela brisa, tranquila!
Em nostalgia,
Deixei-me encastelar pelo tempo
Abrindo em pétalas meu desejo,
Aquele gole intuído no peito
Inebriando a estrofe marejada no olhar!
Em divagações,
Confesso-me ao âmago, a violeta flor,
Navegando pelo mar do amar
Sorvendo em introspecções
Toda a beleza orvalhada em bênçãos
Acalantadas pelo coração!
Auber Fioravante Júnior
10/11/2011
Porto Alegre - RS