Tudo é passageiro


 

Imensa é a dor da tua ausência
te amei de um jeito silencioso 
tracei planos e fantasei em nós 
a aurora de uma nova experiência

Este amor que veio no anonimato
entrou na minha vida com que de súbito
me trazendo à vida a cor e o amparo
de um véu me posto como ornato

Quando de repente não mais pude
manter 
tua presença em meu peito 
sem querer matei em mim a ânsia 
de te ter e ser tua em plenitude

Saudades sinto de nossos ternos encontros
dos toques suaves dos nossos dedos
da tua voz e de teu olhar insinuando
que éramos a união de dois solitários pontos

Hoje, deste amor me sinto escrevizada

uma escravidão com plena liberdade 
de te manter preso a mim no segredo
de quem experimentou se sentir desejada

Tudo é passageiro, mutável e efêmero
impossibilitados para nos amarmos hoje somos
mas, quem sabe, no futuro poderemos ser
um para o outro o que antes não fomos


 

Maria Celene Almeida
Enviado por Maria Celene Almeida em 21/11/2011
Reeditado em 29/11/2011
Código do texto: T3348119
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