Versos
Disfarço o tempo
Do que há por dentro
Desse lugar onda não pisou
Ainda lembro-me do que ainda vejo
Dentro do caderno
Está o que se faltou
Dentro das respostas
Ainda faltam soluções
Dentro do que ainda há
Há também o que não há
Dentro dos versos
Sempre também está a paz
Distante continuo
Ainda flutuo os riscos
Do que ainda poderia ter perdido
Acho o que não achei
Peço o que foi encontrado
Na serenidade do que ainda está
Não mais distante posso estar
Do que é preciso continuar
Bem mais do que o vento
Dentro podem-se ver os retratos,
Dos que ainda moram ali
Por tantos meios de lembrar
Sempre há o que guardar
Ao saber o que se deve jogar
Onde não se cabe mais nem lembrar
Do que ainda deve machucar.