ANJA FACEIRA
Pele morena
Minha pequena
É anja serena
Me faz volitar
Com sua dança de quadril
Rendas vaporosas
Transparência sutil
Essa cabrocha rebola macio
Conhece bem o meu céu cor de azul anil
Sua cor trigueira
É embriaguês e feitiço
Veludo de ave noturna
Uma sombra de ternura e negrura
Que me pega com suas afiadas garras
Me leva pra seu leito de espuma e viço
E me dá chá de sumiço
Na região dos sonhos
Longe do alagadiço
Esta morena rubra açucena
Rouba-me a cena
É marulhosa rena de sutil cantilena
Que chega com rosas de oferenda
No cabelo negro da praia
E se espraia na branca cambraia
Como quem arranha sem marcas deixar
Fiando a terra tecendo carinho a me murmurar
Bordando e cantando é ela a minha sereia do mar...
(*Todos os textos de minha autoria são inspirados no amor universal e não reflete necessariamente uma experiência de cunho pessoal)