Luzes do Olhar
No rimar da noite
O silêncio se fez presente,
Mas sem tortura ou solidão,
Sua cantoria me encantou, sublimou,
Acalantou-me em forma e cor!
A magia em torpor!
Todos os versos vinham de um sonho
Envolvidos pela brisa soprando serena,
Instigando, insinuando, desvendando
Pelo sorver do vinho... O pranto pequeno!
Minh’alma voou!
Desnuda em anversos etéreos,
Insólitos como viajantes da letra
No papel, no vermelho da flor
Dada ao coração do sentir!
Em cada palavra
Uma entrega, um divagar solene
Multiplicando matizes, pétalas
Inebriadas de mistérios singulares
Feito a nau pelo navegar das luzes do olhar!
Enfim, a lágrima, o sorriso
Mesclaram-se em quimeras!
Auber Fioravante Júnior
04/11/2011
Porto Alegre - RS