No seio do Verbo

Enfim,

Desci da solitude, da ilusão,

Em copas o sonho se abriu

Conjugando ouro e âmago

Num corpo além da luz... Divino!

À flor da pele

Senti o embriagar do crepúsculo

Entalhando a noite em pureza

A beleza da arte criada por Deus,

Enamorados Vênus versos!

Intuído pelos ventos,

O silêncio calou-me em melodias

Recitadas pelo calor da poesia

Incontida no seio do verbo

Lânguido como o estrelar!

Em metáforas platônicas,

Mensurei o ensejo, a alquimia,

A quimera pairando pelo despertar

Da palavra ecoando em avessos púrpuros

Eleito pela bebida dos Deuses!

Como uma onda

A madrugada beijou a praia

Trazendo venturas, esperança!

Auber Fioravante Júnior

02/11/2011

Porto Alegre - RS