Depois do Vinho

Pela varanda,

Levemente a brisa dá voz

Aos cantadores do vento,

Trazendo ao céu a estrela

Mensageira única!

Entre as luzes,

O perfume tenro, desnudo

Anuncia-me em silente a poesia

Que saúda a noite, o bem-querer,

O verde de amanhecer sem solidão!

Na face,

A pequena lágrima dá o tom,

Do brilho reinando em confraria

Com tudo quero dizer e ouvir

Em rimas ou em brancos versos!

No pensamento,

A introspecção da música, intensa

Levando e trazendo em detalhes

O poema lido em voz alta,

A flor entre as flores!

A lua nova

Ficou no olhar da primavera

Referenciou o vinho, o toque prosaico,

O desabrochar da estrofe

Em letra e melodia!

Auber Fioravante Júnior

02/11/20011

Porto Alegre - RS