BRINCADEIRA DE ENCANTO 2

“BRINCADEIRA DE ENCANTO”

Brincadeira,

De se querer tanto

Em que se é santo

E que se entoa,

Pelo verão que ecoa

O veio de seus lábios

Que recebo tácito

Para tratá-los e louvá-los

Bem aventurá-los,

Bem-ventura sincera

Ao pretendê-la, se quebra,

O mau dos que não são sóbrios

Onde os focos da noite

Não fossem incinerastes

Como quem toma de força

Os reclames que interviessem

Na forja do aço em transe

E em peitos febris delirantes

Pedantes e em Cannes

Em sua glória magnânima

Efeito em seus cabelos

Longos e grandes

Que em meus arroubos

Minha mão os apanha

Pelos entrantes raios

Em que se clama sua

A módica fúria

E o fim da corja

Da ruptura,

Que consagra,

Sangra,

E talha a nuca

Para que nunca

Esqueça-se sua altura

Minha Ida, minha lira,

E consolo de apostas

Em jogos,

Para o confronto

De líricas jogatinas

Sentimento de estanco,

Que entranho

Em todos os meandros,

Contorno o encontro

De panos e dedos

De gente que logo cedo

Transforma-se pela cultura,

De seleto e restritivo prisioneiro

Em extenso e visionário conhecimento

Visor em que enfrento o meu peso

Em que não se tenha seu amor

Transfigurando a couraça

Para transportar o remendo

De meu coração tão pequeno,

De sua presença que valsa

No meu coração recrudescendo

Que baila e lhe abraça,

A todo tempo.

O teclado liberado,

Labaredas lideradas

Em que há queixa

De quem não amá-la

E que se traia a deixa,

Do prático

Em que se aceita o comando

Pelo pânico

Do estar ao seu lado

Os relógios, o tablado,

O palhaço e os chapeis,

Noveleiros,

Hei de vivê-los por registrá-los

Como página que se habita enfático

E viveiro,

Nos sorrisos compartilhados

Eleito o sol noturno

Para que ceda

E que descreva

O centenário recuo

Onde os comentários

Translúcidos

Tragam os muitos sons

E seus músicos

Que faça

Cada vez mais

De todos os seres puros,

O seu turno

Em que busco,

No arrependimento

Um tempo de um medo

De brincadeira verdadeira,

De mãos que são rumos

Em que a brincadeira

A avance em bandeira

E avance o tempo

Em lúridas prateleiras

Que encerre um receio

Em súplicas,

Para seu refúgio sinaleiro

Em que não me desculpo

Diurno,

Vespertino e surtido

Para quem não havia,

Seu polido noturno

Incauto todo o aprendizado

Idealizado sem seu encanto

Tomado das noites

Frias de primavera

Em que sentado,

Admirava seu contato

Enfeitiçado, protagonizado,

Como flores que se abram

Ao sol da noite que não agoniza

Para que se some mais dias,

Às nossas vidas

Que se encontrem aludidas

Inviolável todo o aprendizado

Os aventais por vezes listrados

Listados em seqüências

Em que a vi

Nos braços de meus alvos sonhos,

Em segredo,

Recebi,

Seus recados

Crianças, adultos e vultos,

Os cultos em torno

De novatos

Em que o único súdito

Reina pela doce alegria

De sonhar-se ao seu lado

Não ria,

Sorria porque vim...

Diga em um sim amistoso

E acabe com a agonia

Do fim afetuoso

Vida e beleza

Em que passo

A cada noite;

Em que aprecio

A mística magia

Em que desfila

O enredo

Abracem-me os sonhos

Abandonem a valentia

De alguém que um dia

Viva o desgosto deposto

E desista-se

Destronado,

Em não mais se sorrir,

De não mais se aceitar,

Na partida

Do enviuvar o sonho

Os muitos que se contaminam

De viver-se, são outros...

Qual os sonhos,

Declarados de forma contida;

Debutados e residentes,

Em cartilhas

Em que se demonstra à empatia

Da vertente evasiva;

Da beleza invadida;

De nossas floras,

Quando desfilas

E nos dá tantas costas

Em meio à nossa

Secreta alegria.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 18/11/2011
Código do texto: T3343322
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