Joia Flor

Minúcias d’um poema,

Adentraram pelo mirante da noite

Multiplicando tons, trazendo dos parreirais

As águas saciando o sentimento

Desperto pelo linguajar dos anjos...

Insano divagar!

As utopias mais belas... Plantei!

De cada quimera ergui um castelo

Venturando carícias, tendo a bom bordo

O sorriso menina, o andar de mulher

Esboçando entre as pétalas o corpo felino...

Teu lábio imensidão!

O sentir é etéreo,

Feito as fazes da lua dançando

Pelas madrugadas afins

Esculpindo sobre os tecidos alvos

Tua nudez sublimando a penumbra...

Juras de sedução!

Na primavera a nostalgia

Desenha-te joia flor!

Dileto como o tempo,

São os cristais te lapidando,

Fazendo-te fada única do meu birô,

Quero-te no insinuar da valsa canção

Criando gemidos, enigmas...

Fonte de toda a saudade!

Auber Fioravante Júnior

14/10/2011

Porto Alegre - RS