RESISTENCIA DO AMOR

Sinto tanto tua falta...

O ar que sopra da noite

É um suspiro que te espera

Tuas ondas são carinhos

Que me fazes na areia de meus novelos

Como sinto teu toque

Penteando de murmúrios

O sereno misérrimo da noite

Sou recinto sou o desejo

Sinto sua aragem beatificando a brisa

Convulsa minha alma murmura em lampejos

Penetrando teus segredos

Que minhas mãos como um lenço esvoaçante

Busca no suor a química de poder absorvê-lo

Sem jamais voltar e devolve-lo

É como se aos poucos sugasse

A parte da carne exposta junto à solitária fronha

Sorvendo pequenas doses do veneno do escorpião

E criasse força suficiente no pequeno espasmo

Na contração irrigada pela picada da dor

Para não se contaminar da peçonha

Guarda-se então para sempre em seu sangue

Para nunca se matar de amor...

Só as doses vão ficando mais intensas

Deixando-nos assim cada vez mais fortes

Para o ritual do espinho e da flor...

(*Todos os textos de minha autoria são inspirados no amor universal e não reflete necessariamente uma experiencia de cunho pessoal)

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 18/11/2011
Código do texto: T3342205
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