Secretum Rose

Secretum Rose

Marcos Olavo

Espinhos caçados no jardim medonho,

No medo sem ter um belo,

Velejando nesse mar de ilusão,

Falando na mão do ódio.

Um segredo pode conhecer,

De uma Rosa de amizade falada,

Em cada levantada da saudade,

Dos tempos saudosos.

A garoa dos orvalhos dos loucos,

Em tempo de chuva antiga,

Que leva telhados usados,

Na hora do falho.

As pedras estão velhas,

De uma pobre casa,

Que as janelas estão velhas,

Sendo pregadas agora.

Conheça essa casa cinza,

Que foi comprada sem tempo,

Que faz alguns dias lívidos,

Que feri sem armas em nós.

Arames são achados em muros,

Que protegidas pelos latidos,

Da fere manda em cor escura,

Que foi nascida pra criar.

Galhos estão presos na casa,

Feitos espinhos nervosos,

Que reclamam do susto,

Que dão nessa data invisível.

Tudo é um segredo,

Neste dia belo e amigo,

No pesar de meus inimigos,

Que negam o amor que tenho.

Sei que um poema esquisito,

De certa magnitude elevada,

Tão cansada de dançar com letras,

Que meu coração desce.

Um segredo deve saber,

Nessa prisão de correntes,

Numa casa de pensamento,

Atravessando o teu segredo.

Aceito a tua critica construtiva,

Neste carente fingido escrito,

Que acompanha as ondas,

Do triste riso.

O secreto dilema nosso,

Transformado em segredo,

Em cada adivinho,

No gosto amargo.

Teias demoradas por mim,

Elaboradas nessa hora fantasma,

Que ninguém enxerga,

Nem querem desmoronar.

O violento temporal,

Na queda da casa cinza,

Dizendo que existe o mistério,

Da vela na janela.

Vinte e oito dias esperada,

Vendo a desilusão nascer,

Na pior hora deixada,

No desconhecido mundo.

Escrito por: Marcos Olavo

marcosolavo
Enviado por marcosolavo em 17/11/2011
Código do texto: T3341305
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