Toco na veia da sincera
Toco na veia da sincera
Marcos Olavo
Vejo a noite descer sob a lua,
Viajando o tempo todo,
Na escura voz louca,
Que faz saber da surra.
Faz ver a nova névoa,
Que deixa acontecer pra você,
Nessa veloz saudade,
Na lembrança das folhas.
Nada mais me faz perder,
Toda linha do alvorecer,
Que uma hora pertence,
Em outra vai ceder.
Isso que dizer nesse segundo,
O momento crescido de versos,
A chance da chama em segundos,
Dando tapas em sua cara.
A violenta plantada na raiva,
Na mira de um povo cego,
Que deixou o melhor pra trás,
Do dia esquecido por todos.
Nesta tarde de esquecimento,
Eu posso ver algo perdido,
Na olhar do internado,
Que leva a vida afora.
Eu explico muito bem,
O amor que deixo no rancor,
Deste belo poema de amor,
Que deita em teu colo carente.
Dedico o meu vicio hoje,
Pra você não deixar de ver,
Neste escrito negrito,
Que nunca verás.
Fico aqui a esperar,
Um bom dia nessa tarde,
Pra não me deixar a chorar,
Nesta noite a nevar.
Vivo sorrindo agora,
Convivo neste pensar alucinado,
Querendo tomar doses loucas,
De um tempo em fogo.
Perco tempo a ouvir,
Algo que ninguém acha,
Em um livro medieval,
Que faz meu pensamento,
Achar um mundo parelho.
Você abre a porta de madeira,
Olhando do lado esquerdo,
Vendo o tempo voltar,
Em questão de segundos.
Estava em coma por anos,
Numa cama sozinha,
Rindo e chorando sem você,
Na casa visita por todos.
Eu me fiz neste escrito,
Igual a esse grito,
Ninguém vai saber fazer,
Nem criar essa obra de arte.
Escrito por: Marcos Olavo