Tarde demais para voltar atrás
Tarde demais para voltar atrás
Marcos Olavo
Não nasci pra cantar o sofrimento,
Nem mesmo a alegria mostrada,
Na beleza do amor macio,
A eterna escrita falada.
A tua pobreza do pensamento,
Que me faz chorar sem medo,
Buscando algo que ainda merece,
A vida toda pra sobreviver.
Você vai querer saber o perdão,
Na fala sem noção,
Que você sempre me fala,
Quando não quer dizer nada.
Você me oferece a dose achada,
Numa caixa jogada no rio,
Que apenas chuvas vai jorrar,
Na calçada do tempo.
Eu quero saber mais disso,
Do tiro sem promessa,
Que chega ao coração salvo,
Pela ingratidão tua.
Quero outra voz chorada,
Na tua cara gasta,
Na hora da triste fala,
Que desce sobe.
Você deve pensar que sou louco,
Na miséria desenhada na pedra,
Que é diante do tempo,
Que mergulha nas paredes.
Pedras diante do tempo,
Que foi feita por lamúrias,
Do mundo achado enterrado,
Sendo cavado pelos os curiosos.
É tarde demais para voltar atrás,
Querendo arrumar a bagunça tua,
Feita em um papel leve e suave,
Da mão forte do pesar.
Você nega me amar,
No vazio desse estupido ruído,
Que a tua voz grita,
No mar perdido dos sonhos.
Você vai ler no céu inventado,
Onde nascem as lamúrias,
Das estrelas perdidas,
No escrito de dor.
Vou embora agora,
Bater em tua porta fechada,
Que doe só de pensar,
Que um dia tive lá.
O amor que é falado em filmes,
Que sempre são bem escritas,
Que no final o amor ganha,
Todos os dias de belos versos.
Eu vivo como fui ensinado,
Dando o abraço apertado do amor,
Que uma amante da musica,
Sempre quis me deixar feliz.
Às vezes sonho em dizer tudo,
Sem pensar muito no falar,
Ate mesmo te pegar na folga,
Dos dias arruinados da tua vida.
Hoje eu fiz esse desenho de ondas,
Na verdade aberta da porta antiga,
Do teu universo sujo pela dor,
Que gira sempre em tua vida.
Fui fazer o meu curioso nascer,
Neste dia chuvoso de novembro,
Que deixar a pensar em nós,
No gritar do doido fumado.
Você desaparece toda hora,
Quando o olhar toca o lembrar,
Da velha despedida varrida,
Que perdeu o respeito novo.
Queira ter a alegria da vida,
No passo do amor nascido,
Em dias raros acontecer,
No impossível procurado.
escrito por: Marcos Olavo