Vivas Venturas

Entre os canteiros já incide a luz,

Projetando em lânguidos suspiros

Toda a herança do amar em preitos

Semeados sob tenros instrumentos,

O que na moldura me seduz em melancolia!

Alçando-me aos devaneios,

Deixo que o rocio ampare minhas palavras

Pintando sobre a seda meu sonho mais belo,

Aquele sonhado em canduras mil,

Corpo brilhante, vivas venturas, paixão!

Próximo ao espelho o sorriso,

Inebriante tatuando enigmas,

Desejos intensos raiados pela pele

Nua sem preceitos, crua em lamentos

Resplandecendo ao visionar do olimpo!

O luar cedeu à penumbra!

Penetrando pelo corpo lírico, meigo,

Figurando em cada trejeito um terço romanesco,

Canção vigiada pela emoção,

Vinda do colo, do ventre, do céu te envolvendo!

Auber Fioravante Júnior

08/10/2011

Porto Alegre - RS