Alquimista Sonhadora
Das cordas douradas,
O silêncio em sua nudez lúdica
Envolve-me em lamentos, cirandas,
Bailando entre os astros onipresentes
Nos céus de ômega, na prole da viagem!
Insinuado pela brisa,
Percebo o perfume, o deslumbre do corpo,
Enluarado, instigando pérolas, quimeras
Vindas dos umbrais, do pingente simples
Brilhando em feitiços singulares ao refrão!
Entre as planícies o castelo de cristal
Brinda-me ao sal da terra, pelo sol dos mundos
Beijando o mar escorrendo no rosto gentil
Traçado em veios, semeado em tenras estrofes,
Alforriadas no calar dos teares ligados ao sentir!
Oh! Poesia... Adentre por este salão
Os bandolins já tocam a tua canção!
Ah! Alquimista Sonhadora... Reflita...
Tua luz por toda centelha
Mensurando as pétalas sobre o ninho,
Deixando sob o véu o carmim idílico
Brotando em reversos líricos do tempo!
Auber Fioravante Júnior
05/10/2011
Porto Alegre - RS