“TSUNAMI”
Será que foi um flerte apenas,
ou um prenúncio de amor?
Será que foi uma aventura,
proveniente da imaturidade,
ou um desejo insípido, inodoro e incolor.
Será que se a vida seguisse outro curso,
iríamos ser afluentes?
Será que se insistíssemos naquele momento,
nossos destinos seriam diferentes?
Será que não sentiríamos as tormentas,
e os momentos salgados que a vida nos deu?
Será que não teríamos as cascatas de erros,
que nos separaram, tanto meus como seus?
Será que esse amor,
é tal qual gotas evaporando,
que se aglomeram,
formando grandes nuvens,
esperando um dia cair.
Será que, de amor, virá um Tsunami,
que faça que eu te ame.
que ainda está por vir?
Tomara que sim,
mas que não seja uma brisa,
ou uma leve garoa, nada temperado,
mas que seja um vendaval, com grande temporal,
mas que no alvorecer, ao entardecer,
deixe meu céu azul e estrelado.
Depois de toda tempestade,
sempre vem a bonança,
quero ter tempo pra não desistir
quero me encharcar de sereno
me embriagar do veneno
do amor... de Lenir.